A história da medicina mostra que a humanidade teve avanços indiscutíveis. Da troca de conhecimentos sobre tratamentos nas cidades da antiga Mesopotâmia, passando pela descoberta da anatomia (1543), das bactérias (1675), pela invenção de vacinas (1796), pela descoberta da anestesia (1842), dos antibióticos (1929) e do DNA (1953), os avanços da medicina na história são fantásticos. Como resultado, a humanidade experimenta uma crescente longevidade em todo o Planeta.
Um olhar mais preciso sobre a história mostra que, quanto mais recente o passado, maiores os avanços. Isto porque, em nosso passado recentes, o que conhecemos como revoluções industriais permitiram um avanço significativo em todas as ciências existentes. Descobertas da engenharia como a energia, a fibra ótica (1995) e o transistor abriram um caminho muito maior para a pesquisa e desenvolvimento em todas as áreas da vida humana, e dentre elas a medicina.
Estamos diante de um nova disrupção em nível mundial e a medicina avançará como nunca. Novas descobertas, com aquelas do passado, habilitarão um aceleração sem precedentes nas descobertas. Klaus Schwab menciona em seu livro, “Aplicando a Quarta Revolução Industrial”, como tecnologias revolucionárias como a fabricação aditiva (impressão 3D), os materiais modernos, a internet das coisas (IoT), as biotecnologias, as neurotecnologias, a realidade virtual e aumentada, a inteligência artificial e a computação quântica terão, em conjunto e individualmente, um impacto transformacional para as possibilidades médicas.
Precisaremos com isso de uma nova forma de entregar os benefícios de todas essas descobertas para as pessoas comuns. Pense comigo. Diabéticos que podem ter sua cura através de bactérias que produzem insulina e podem ser implantadas em seu intestino. Um senhor de 80 anos que pode ter seu fêmur substituído por uma prótese construídas em uma impressora 3D com materiais avançados que replicam o tecido humano, isenta de rejeição pelo organismo. Uma paralitico que pode ter seu a comunicação entre seu cérebro e membros inferiores reconstituída através de um circuito artificial construído devido as novas neurotecnologias. Uma menina altista de 3 anos que pode ter seu tratamento acelerado por mecanismos de realidade virtual e aumentada que testarão e identificarão os estímulos mais eficazes para seu desenvolvimento. As possibilidades são infindas.
Na prática, toda a indústria de saúde terá de ser reinventada. Presenciamos resultados cada vez melhores, mas estes são derivados de uma indústria de saúde que evoluiu incrementalmente, linearmente. Não há mais tempo para o linear. Toda esta evolução e disrupção não serão comportadas pelo modelo atual, carregado de conflitos. A disrupção, na velocidade exponencial, irá reinventar a indústria e o seu escopo. Pacientes, médicos, profissionais da área médica, cientistas, empresários e governos, estamos todos cada vez mais próximos de uma disrupção completa e inimaginada, de toda a sociedade como a conhecemos, e neste contexto, a medicina. Nos próximos artigos, falaremos mais de todas as evoluções, tecnologias e suas implicações.
Se você está lendo sobre este cenário pela primeira vez, siga acompanhando o nosso blog de inovação e seja mais que bem-vindo ao que chamo de Day One das Ciências da Vida.
Sobre o Autor
Fernando Andrade Jr é apaixonado pela ciência e seu potencial para uma maior justiça social e equidade para o ser humano. É também um entusiasta do empreendedorismo como vetor de aceleração que tira a ciência dos livros e a traz para o dia-a-dia das pessoas. Após amadurecer profissionalmente trabalhando como consultor e executivo, decidiu fundar o Bric Health, com a aspiração de contribuir significativamente para uma saúde mais justa para a população brasileira. É formado em Engenharia de Telecomunicações pelo Instituto Militar de Engenharia, possui também MBA pela London Business School.